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A Ditadura Militar


Autor: Desconhecido


Na Ditadura Militar, os poderes políticos são controlados por militares. A alçada desse grupo ao poder se deve, na maioria das vezes, a um golpe de Estado. Assim sendo, os países assolados por esse regime acabam sendo marcados pela brutalidade e perseguição a oposicionistas por parte dos governos ditatoriais e, consequentemente, há um acentuado registro de casos de desrespeito aos Direitos Humanos.

Com o início da Guerra Fria, a América Latina passou a sofrer diversos golpes militares, e foram instauradas ditaduras apoiadas pelos EUA, visando combater o comunismo, e excluir as massas de qualquer participação política. Assim, as elites agrárias e a então nascente burguesia industrial uniram-se ao capital estrangeiro e ao American way of life, para se afirmar e, em consequência, se consolidar no poder. Logo, a política estadunidense passou a promover e favorecer a permanência de ditadores no poder.

À vista disso, as ditaduras militares no continente americano foram produto de processos políticos atrelados às especificidades de cada país, onde a democracia e a vida da nação foram postas à prova na sua capacidade de exercerem seu papel diante da alternativa de revolução ou contrarrevolução. Na América Latina, as ditaduras militares ocorridas durante a Guerra Fria decorreram de determinados conjuntos de postulações comuns, chamadas de “Doutrina da Segurança Nacional” (DSN). A partir disso, as Forças Armadas introduziram diferentes formas e estilos de DSN. Dentre as ideologias que mais se destacaram e que resultaram nas ditaduras latino-americanas, está a formação da figura do inimigo público interno e a construção da imagem de militares como salvadores da pátria. Além disso, outro elemento utilizado foi o “bonapartismo” - tendência burguesa de ascensão ao poder e de sua manutenção – que fez com que a burguesia se unisse às Forças Armadas para comandar seus trabalhadores em um sistema de governo democrático e republicano. Desse modo, as formas de violência extrema passaram a existir para garantir a exploração excessiva do trabalhador e, assim, garantir o fluxo do sistema capitalista.

Entre meados das décadas de 1960 e 1980, o continente, principalmente a porção Sul, esteve basicamente dominada por regimes militares, que levaram a cabo brutais repressões, com milhares de desaparecidos, torturados e mortos, tendo como objetivo o combate ao comunismo e as suas influências. Na América Central, a Revolução Cubana possibilitou o desenvolvimento de organizações armadas, porém, a militarização dos Estados possuía também fortes raízes na história precedente da América Latina. Para o governo estadunidense, a criação do Colégio Interamericano de Defesa; a criação da Zona do Canal do Panamá; e da Escola do Exército Americano para as Américas (1961); objetivavam executar a política anticomunista, precursora das ditaduras na América Latina. Em dez anos, a Escola das Américas, um centro formador de quadros para as ditaduras, diplomou 33.147 oficiais latino-americanos, resultando, anos depois, nos sucessivos golpes que a América Latina sofreu.


Referências


ANDREASSI, Érika. A luta contra a repressão policial deve ser ampla, organizada e permanente. Disponível em: <http://litci.org/pt/mundo/america-do-norte/eua/a-luta-contra-a-repressao-policial-deve-ser-ampla-organizada-e-permanente/>. Acesso em: 08 nov. 2016.

FRANCA, Ludmila. América Latina e as ditaduras militares: fatores históricos. Disponível em: <https://norbertobobbio.wordpress.com/2011/06/27/america-latina-e-as-ditaduras-militares-fatores-historicos/>. Acesso em: 27 jun. 2011.



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